Dilma do Brasil

O altruismo, coragem e a fé de Ester, rainha judia da Pérsia na antiguidade, podem marcar a entrada triunfal das mulheres no sistema de poder do mundo. Matriarcados, dinastias, impérios, reinados, guerras, casamentos e eleições em variadas formas de Republicas e Monarquias são os caminhos para o poder desde sempre. Dia 1º de janeiro, com a posse de Dilma Vana Rousseff, o Brasil entra para o minoritário clube de 25 países do mundo atual com mulheres na direção do poder central. Várias delas pela primeira vez. Algumas poderosas desde 1956 como Elizabeth do Reino Unido, Rainha aos 25 anos. Outra notável marca é a de Ellen Johnson Sirleaf, da Libéria, única Chefe de Estado eleita de um país africano.

Um belo tempo para governo feminino, com esperança e legitimidade, cada pais com sua singularidade, na companhia de Andrea Zafferani – Capitã-Regente de San Marino; Iveta Radičová – Primeira-Ministra da Eslováquia;Julia Eileen Gillard da Austrália;Mari Johanna Kiviniemi da Finlândia; Kamla Persad-Bissessar de Trinidad e Tobago; Jadranka Kosor da Croácia; Jóhanna Sigurõardóttir da Islândia e Sheikh Hasina Wazed de Blangladesh. Laura Chinchilla Miranda – Presidente da Costa Rica;; Roza Isakovna Otunbayeva – Presidente interina do Quirguistão; Doris Leuthard – Presidente da Confederação Suiça; Dalia Grybauskaitė – Presidente da Lituânia;Quentin Alice Louise Bryce – Governadora-geral da Austrália;Cristina Elisabet Fernández de Kirchner – Presidente da Argentina; Pratibha Patil – Presidente da Índia; Louise Lake-Tack – Governadora-geral de Antígua e Barbuda; Angela Dorothea Merkel – Chanceler da Alemanha; Tarja Kaarina Halonen – Presidente da Finlândia; Calliopa Pearlette Louisy – Governadora-geral de Santa Lúcia; Beatriz Guilhermina Armgard – Rainha dos Países Baixos; Margrethe II – Rainha da Dinamarca; Mary Patrícia MacAleese – Presidente da Irlanda.

Rainha, Princesa, Presidente, Primeira-Ministra, Chanceler. Soberanas, Chefes de Estado, Chefes de Governo. São tantas e há tantos anos marcando os países que governam. Fragmentos da história das mulheres, caracteristicas de sua personalidade e sensibilidade política. Cleópatra do Egito, Marias polonesas , Marias loucas, Antonieta. Adelaide, Isabeis, Alexandras, Anas inglesas, francesas e russas. Carlotas de Portugal, Carolinas,Catarinas, Ingeborg da Dinamarca. Berengária, Elizabeths de todos os séculos. Felipa, Henriqueta, Joana, Leonor da Austria e Espanha, Margaridas, Beatrizes, Matildes, Sophias, Sofia Dorothéia. Chandrika, Maria de Lourdes Pintasilgo; Indira Gandhi; Golda Meir; Margareth Thatcher; Megawati Sukarnoputri.

Rosália, Suzana, Bertha da Borgonha. Constança,Clemência, Branca de Navarra. Bona de Luxemburgo, Claúdia, Emília, Terezas, Josefa, Luizas, Eugenias, Amélia, Ermengarda da Aquitânia, Judite da Baviera, Engelberga da Itália, Riquilda,Ricarda, Ageltrudes, Oda, Ema, Lutgarda, Grunhilda Cunegunda. Luiza Diogo de Moçambique; Han Myung-sook da Coréia do Sul.

Nzinga Mdandi Kiluanji, Rainha de Angola; Teofania; Conradina;Dona Leopoldina da Áustria,Portugal e Brasil; Gisela; Gertrudes; Adelaíde, Irene; Bárbara;Princesa Izabel. Madalena, Guihermina; Imperatrizes Wu Zetian;Ci’an; Cixi da China. Maria Teresa das Duas Sicílias. Suiko; Kogyoku e Saimei:uma pessoa com dois nomes, um para cada reinado. Gemmei; Gensho; Shotoku ; Meisho e Go-Sakuramach Imperatrizes do Japão. Michelle Bachelet do Chile, Benazir Bhutto do Paquistão, Isabel Peron da Argentina; Mary Robson da Irlanda; Corazón Aquino das Filipinas; Violeta Chamorro da Nicarágua; Tansu Ciller da Turquia;Edith Cresson da França; Mireya Moscoso do Panamá.

Complexidade, diferenciação, continuidade, acumulação são conceitos chaves para aumentar nossa força institucional e confiabilidade para conhecer e construir novos caminhos de progresso e prosperidade. O novo governo começa com a boa combinação de legitimidade, possibilidade e capacidade para fazer o que o país precisa. Embalado no afeto e esperança que a mulher desperta.

Paulo Delgado, Sociólogo, é Deputado Federal(PT-MG)

[email protected]

Paulo Delgado
Paulo Delgado
Sociólogo, Pós-Graduado em Ciência Política, Professor Universitário, Deputado Constituinte em 1988, exerceu mandatos federais até 2011. Consultor de Empresas e Instituições, escreve para os jornais O Estado de S. Paulo, Estado de Minas e Correio Braziliense.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *