30 de março de 1988

A política corporativa

Os parlamentares brasileiros são absolutamente iguais em pelo menos um momento da política ─ o das campanhas eleitorais, quando todos, sem exceção, se declaram combatentes pela moralização da vida pública.
25 de abril de 1990

Casa Nostra

...eleito deputado federal mais votado pelo PT-MG em 1986. Não se passou um ano e ele já havia trombado com o corporativismo do Congresso Nacional, depois de descobrir e anunciar que senadores e deputados eram meros “despachantes de luxo” e em seguida a uma de suas ferinas frases: “Matamos um de quatro patas, começou a limpeza”, dizia ele na capa do Jornal do Brasil um dia após enorme ratazana ter sido abatida no plenário da Constituinte. A tentativa de estigmatizá-lo, forma sutil do poder “congelar” o que lhe soa estranho, não funcionou: “O Congresso não pode ser uma instituição total, como os hospícios”, responde o deputado.
20 de agosto de 1995

O atirador de elite do PT

Há dez anos, Paulo Delgado, o sociólogo, dava aulas na Universidade Federal de Juiz de Fora e, desde então, a crítica, a inquietude e a ironia já faziam parte de seu discurso. Influenciar e despertar o espírito crítico das pessoas já delineava, claramente, o futuro do Paulo Delgado político.
14 de março de 1997

Brasil-França: convergências, divergências

A relação Brasil-França é tão antiga quanto o Descobrimento do Brasil: em 1505 foi registrada em um cartório de Rouen, na França, a obra “A relação autêntica”, de Binot Paulmier de Gonneville, que descreve a viagem feita, no ano anterior, pelo navio “I’Espoir”. Gonneville era um navegante francês, da Normandia. Ele se deixou pelas riquezas no Novo Mundo e organizou uma viagem com o auxílio de dois navegadores portugueses, Bastiam Moura e Diogo Coutinho, recrutados em Lisboa.
27 de março de 1997

Fora das Américas

O Fórum das Américas, que acontece em maio próximo, em Belo Horizonte, não contará com a presença de Cuba. O Brasil, país anfitrião do encontro, seguiu os passos do anfitrião anterior – os Estados Unidos – e desenhou o continente dos sonhos dos governantes do Norte: uma América sem Cuba!
21 de abril de 1997

Brasília, capital do Brasil

Quinta-feira passada, Brasília recebeu milhares de pessoas em marcha de protesto contra o governo federal, protagonizada pela urgente questão da reforma agrária. Brasileiros do campo se dirigiram – a pé – ao centro político e geográfico do país.
15 de maio de 1997

ALCA, EUA e Brasil

A aproximação da reunião de Belo Horizonte que definirá um cronograma para a conformação da Área de Livre Comércio das Américas, a Alca, vai deixando claros os interesses que estão em jogo nesse debate.
28 de outubro de 1997

A Universidade do futuro

É claro que o convite feito à ciência brasileira pelos países desenvolvidos é o coroamento de anos de trabalho e pesquisa para consolidação de nosso programa espacial, o maior e mais consistente do hemisfério sul. Trabalhando em condições precárias, nem sempre recebendo estímulo adequado à grandeza do que se desenvolve, o cientista brasileiro deu, por sua vocação e capacidade, a dimensão da pesquisa espacial para a vida cotidiana.
9 de dezembro de 1997

Código Servil

O novo Código Civil traz importantes mudanças para a vida do brasileiro, muitas delas já incorporadas de fato à sociedade e à jurisprudência. É uma atualização necessária e inadiável de uma lei vigente há mais de 80 anos. Desde1917, e após 22 anos de tramitação no Congresso, a lei leva tempo para se consolidar.
6 de abril de 2001

LEI Nº 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001

Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço […]
18 de fevereiro de 2003

A decadência da mentira

Oscar Wilde dizia que há somente duas tragédias no mundo: uma é não conseguir o que se deseja, a outra é conseguir. Quando um objetivo é atingido com esforço e perseverança, aí sim começam os verdadeiros desafios. São vários exemplos: o PCI na Itália, o PSOE na Espanha, o PS francês. Partidos que lutaram anos para chegar ao poder e vencer modelos vigentes. Junto com a transformação do sonho eleitoral em realidade, constataram que mudanças não ocorrem por simples desejo dos novos governantes.